Fernando Mota: Celeiro e Lagar da Quinta de Serralves 15 MAY 2024 - 30 SET 2024
“CORPO | uma topografia sonora” é uma instalação que cruza e confunde matérias e sons do mundo animal, vegetal e mineral na criação de esculturas sonoras tocadas pelo público. Desenvolvida a partir de materiais naturais recolhidos no Parque de Serralves, a obra funciona como um todo dividido em três partes distintas, cada uma delas representando um espaço cénico no qual o protagonista é o visitante. Algumas das peças só se manifestam verdadeiramente com a sua ação.
“CORPO | uma topografia sonora” é acerca de como os átomos dos nossos corpos vêm de estrelas longínquas, corpos de animais já extintos, plantas que desconhecemos. Somos feitos da terra a que chamamos de planeta. Os nossos corpos farão parte de outras existências que ainda não o são mas fazem já parte da nossa. “CORPO” é um jogo poético que torna audível o que é matéria e torna visível o que é vibração. Árvores com voz de mulher, raízes com pulsação cardíaca, ramos que nos sussurram palavras ao ouvido.
Uma criação de Fernando Mota, com direção técnica e programação de José Grossinho
música e letra de Fernando Mota canto de Fernando Mota e Teresa Melo Campos vozes de Cláudia Andrade, Sofia Mota e Tiago Mota coordenação e produção de Violeta Mandillo desenho e construção de sensores de Nocktronics
"Eu sei, as palavras tecem ainda outros significados, mas, quando digo corpo, quero significar o cosmos"
Alberto Carneiro
"Não há oposição entre o vivo e o não vivo. Todo o ser vivo não apenas está em continuidade com o não vivo, mas ele é seu prolongamento, sua metamorfose, sua expressão mais extrema. A vida é sempre a reencarnação do não vivo, a bricolagem do mineral, o carnaval da substância telúrica do planeta"
in Metamorfoses, de Emanuele Coccia
"Eu sei, as palavras tecem ainda outros significados, mas, quando digo corpo, quero significar o cosmos"
Alberto Carneiro
"Não há oposição entre o vivo e o não vivo. Todo o ser vivo não apenas está em continuidade com o não vivo, mas ele é seu prolongamento, sua metamorfose, sua expressão mais extrema. A vida é sempre a reencarnação do não vivo, a bricolagem do mineral, o carnaval da substância telúrica do planeta"